07 maio, 2008

"As Vindimas da Noite", de Maria do Sameiro Barroso

O Director do Museu Nacional de Arqueologia e a Editora Labirinto têm a honra de convidar V. Excia para a sessão de lançamento da obra "As Vindimas da Noite" de Maria do Sameiro Barroso, no próximo dia 11 de maio, pelas 17h30, na Sala Oca do Museu.
A obra será apresentada pelo escritor e crítico literário Luís Filipe Pereira, autor do posfácio, culminando a sessão com a leitura de poemas pela actriz Isabel Wolmar.

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Nota de Imprensa
As Vindimas da Noite, a mais recente criação poética de Maria do Sameiro Barroso, que será lançada no dia 11 de Maio no Museu Nacional de Arqueologia com a chancela da Editora Labirinto, contando com apresentação de Luís Filipe Pereira (que fez o posfácio à obra), é um excelente livro de poesia que, eminentemente, fascina pelo seu sabor e pela sua magnífica poética, pelo seu maduro mosto e pela sua diagonal imagística semeada de socalcos nos recessos da noite que se faz manhã e se faz poesia nos raios e nas bagas de brisa percorrendo as musicais galerias dos versos. Trata-se de uma viagem poética pelos Meandros Translúcidos (título da autora, também com a chancela da Labirinto) da noite, como lugar mágico a que acede o corpo para que sobreviva o mistério, perdurando nas ânforas de estrofes abertas a variegados palimpsestos, da metamorfose do espaço e do tempo habituais. Trepanando a cartilagem dos poemas até à subterrânea arquitectura da claridade, frequentam As Vindimas da Noite os campos pludireccionais da memória. Esta é âncora e alavanca da voz polifónica de Maria do Sameiro Barroso, configurando, fundamente, a possibilidade da criação: o possível ébrio dos alquímicos instantes da obscura germinação dos primordiais vinhedos do mundo, em cuja sombra apetece pernoitar e cujas bagas - de brilho e de neblina, de sol semeado e de sol suspenso, de fogo e de cinza - apetece saborear no fluxo de uma leitura que transportará, no essencial, para um vislumbre de olorosas florações e de rumorosas figurações.