26 fevereiro, 2008

Logotipo de POEM'ARTE // "NAS MARGENS DA POESIA"



Desde o tempo das primeiras taifas ( séc. XI ) que Silves é reconhecida como cenário de literatos.
A título de exemplo, recordamos a juventude de Al-Mu’tamid, dotado de uma sensibilidade estética e de uma sensualidade poética que o tornarão célebre, assim como, o tão poetado Palácio das Varandas ou o Rio Arade, onde o poeta do destino, como o reconhece Adalberto Alves, virá a fortalecer a sua lendária amizade por Ibn ‘Ammar, o controverso poeta de Estombar e de Silves…
São célebres os poemas deixados por ambos, assim como é demais conhecida a “Evocação a Silves”, poema que acompanha o texto com que a Srª Presidente da Câmara abriu a Antologia da II Bienal de Poesia.
A História e a Literatura, através dos séculos, têm vindo a deixar, nomes ilustres de Poetas ligados ao nosso Concelho.
Conceituadas são, igualmente, as tertúlias literárias.
No séc. XIX, em Matamouros e em casa da família Garcia Blanco, encontram-se poetas da época, nomeadamente, João de Deus, por muitos conhecido, por poucos entendido e por muito menos aprofundado.
No séc. XX, lembramos Luísa Neto Jorge que granjeou, como poeta, nome a nível nacional.
E quantos mais poderíamos evocar.
Mas, por ora, limitamo-nos aos últimos cinco anos, quando iniciámos a I Bienal, para demonstrar a relevância alcançada pela POESIA no Concelho e, mais concretamente, na cidade de Silves.
Conseguimos, com a I Bienal criar um público fiel e exigente, e, com a II Bienal reforçámo-lo, tendo, a cidade, ficado conhecida como a Capital da Palavra Ardente, ultrapassando fronteiras, e fazendo do Concelho de Silves o único, onde, com periodicidade, se celebra a Poesia e os Poetas se encontram.
Tivemos eruditos e populares que, há três anos, acorreram, aos Paços do Concelho. E é este público expectante e interessado que, nos dias 25, 26 e 27 de Abril de 2008, preitearemos, com a III Bienal, diferente e inovadora, com novos e/ou conhecidos oradores e moderadores.
E, se as duas primeiras Bienais deram a conhecer novos valores da Língua Mátrea, na III teremos jovens e menos jovens Poetas, todos, porém, com provas dadas e valor reconhecido.
As Bienais de Silves começam a ser reconhecidas no mundo literário e, não é por mero acaso, que alguns dos nobilíssimos poetas e artistas plásticos contemporâneos, não hesitam em nelas participar.
Marta Jacinto, jovem e promissora artista plástica, apresta-se a mostrar a sua pintura, numa Exposição que forma um dos ângulos da III Bienal, por isso chamada POEM’ARTE.
A ela se associa o Mestre Silvestre Luís Varela Raposo que, imediatamente, se prontificou a elaborar todo o grafismo da III Bienal.
Falta-nos o último ângulo da III Bienal – a Música – assegurada pelo Grupo Experiment'arte que confirma, também, várias deambulações poéticas, ao longo dos três dias da Bienal.
Na II Bienal de Poesia, a Autarquia de Silves homenageou o poeta António Ramos Rosa, na celebração dos seus 80 anos, perpetuados na Antologia, alma de toda a Bienal.
Do mesmo modo, este ano, homenagearemos, a nível nacional, o catedrático Urbano Tavares Rodrigues, o poeta da palavra /vida.
Hoje, o Concelho de Silves, no âmbito literário, é reconhecido por todos, independentemente de cores políticas, idades e sexos, como exigente e qualificado agente divulgador e dinamizador da POESIA portuguesa, e, este ano, concretamente, do triângulo que com ela formarão a PINTURA e a MÚSICA.
Três são, ainda, os grandes objectivos da III Bienal de Poesia de Silves
- comemorar o 25 de Abril;
- inaugurar a Biblioteca Municipal;
- homenagear Urbano Tavares Rodrigues,
de novo, os três ângulos de um triângulo mágico...