25 fevereiro, 2009

despem de orvalho a luz e chamam vela à escuridão,
esta é a eterna manhã de meus irmãos;
com as mãos vermelhas do prazer do frio,
no lago esvoaçavam como pássaros,
dançavam,corriam, escondiam-se,
acendiam os dias com grandes lápis de cor


os olhos,
como lanternas são os peixes mais belos do mundo__
eu digo-lhes isto, eles sorriem tímidos, vaidosos
da luz que raia os meus olhos, e os espanta
de passado feita a esperar por eles,
num beiral para os proteger da chuva,
e do Inverno que ceifava os meus olhos,
para os libertar dos nós do mundo,
fiz pouco,
a surdina dava baixa aos momentos de luz,
apodrecia no vento


José Ribeiro Marto