19 outubro, 2008

Escrevo no vento.

Pinheiro-serpente / Pinhal de Leiria - foto: Augusto Mota

Sublimando fantasmas

Volto a estalar
a estima suspensa
num baile de agulhas.

Sobre cordéis de sol
esconde-se a brisa
no sorriso das lâminas
e há palavras cortantes
como o vento nas montanhas
onde rugem as florestas
enraivecendo
o tecido estranho dos dias.

Escrevo no vento.
E vou-me nascendo
Em cada incêndio.

Graça Magalhães

Outubro, 2008