13 outubro, 2008

ser poesia







27 de julho de 2008
ao vicente

assinalo uma folha uma palavra um poema e
disponho.os sobre a mesa . retiro

o primeiro verso

escrito aquém da bruma . o poema pressente

o golpe . grita mutilado . exige.se
em corpo inteiro

.
.

a chama
esse sopro de genialidade
que o precede no útero materno
estende um braço uma mão
dois dedos e
à saída do ventre
abriga o verso

em ritmo doloroso

a forma mais nobre de parir o poema