27 de julho de 2008
ao vicente
assinalo uma folha uma palavra um poema e
disponho.os sobre a mesa . retiro
o primeiro verso
escrito aquém da bruma . o poema pressente
o golpe . grita mutilado . exige.se
em corpo inteiro
.
.
a chama
esse sopro de genialidade
que o precede no útero materno
estende um braço uma mão
dois dedos e
à saída do ventre
abriga o verso
em ritmo doloroso
a forma mais nobre de parir o poema