12 agosto, 2008

do silêncio

guarda os teus versos como segredos
nas tuas mãos bem cheias
pobres são os tempos em que vivemos
sonhamos sorrimos e morremos

os dias esses só são inteiros se houver devassidão


diz os teus versos como segredos
em cofres trémulos como os dedos estão nas mãos
o tempo no qual vivemos é uma casca de trovão negro
um troféu um asco um pulmão pobre uma horda um veneno

José Ribeiro Marto,