07 janeiro, 2009

poema das mil mãos

Aqui a sombra do céu é de sangue
e as nuvens infectadas por negros arcanjos.
A morte legou os seus últimos resíduos
e mil homens se levantam do aroma da noite.

Escreveremos ainda o poema das mil mãos
em bandeiras de Paz
no peito dos meninos que não viram o sol.

A menos que nos roubem o ar e o fogo e a água
partiremos em busca das humildes mães de Gaza.


maria azenha