26 maio, 2008

Há flores silvestres nos olhos
lugares de Abril
cercados de água
no interior
que desconheço
soprando o ópio
da paixão silvestre
dedos que se alongam nas teclas
de cada poro de medusas amarelas
a exalar a ternura
há palavras violeta
seguram frutos de luz
uma voz madura
na cadência das pálpebras
com as tranças presas à lua.

Graça Magalhães