11 junho, 2008

noite


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sabes a que comparo
hoje, a noite?
a uma mãe que morreu
e deixou no céu uma carta coroada de estrelas
para a vermos

ou então
ao leve murmúrio das coisas
de entender no silêncio
que em nós se curva

é neste poço de nuvens
que os rios vêm desaguar
na trémula agitação das águas
às nossas mãos

há noite e lua
nenhuma igual
falamos tão alto . não vejo
a flor
que o fogo atirou
para dentro do seu coração



maria azenha
detalhe de óleo de zademack